quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Querido Monstro



sua cabeça se tornou nada mais q algo triste e miserável
insustentávelseus vícios já não preenchiam o vazio, a dor e a loucura
sentia-se em uma nuvem de dor e desespero não tinha mais para onde fugir
sua mente fazia-o confuso e perdido em meio aos clichês diários
seu coração havia se tornado de pedra, e seus olhos não viam mais a luza noite era seu estado de alma constante
imutável, exageradamente doloroso
o garoto tímido e recatado ficou esquecido no mundo perfeito de sua mente
agora, oq ele via no espelho era o reflexo de seus amigos, seus vedadeiros amigos;
a nicotina, o alcool, a anorexia, a música.
seus ossos expressavam o quão seco estava seu espírito
e seus olhos não enxergavam mais a luz
a luz agora era apenas uma lembrança de um dia belo
e os dias belos não aconteciam mais
a melancolia, a dor e o despero eram pedaços de madeira q ele usava para construir um barco
q o levaria a navegar no oceano de lágrimas amargas de todos os dias
não se importava mais com as pessoas, e elas também haviam cansado de se importar com ele
pessoas normais temiam a morte, mas ele temia a vida
o ar entrando em seus pulmões o amedrontava
e cada suspiro representava um punhal sendo fincado em seu peito
malditas hemácias que insistiam em levar o ar de seus pulmões até seus tecidos
maldito sangue, malditos tecidos
maldito pó ao qual ele ansiava retornar
não haviam mais sonhos
não havia mais vontade de sonhar
apenas um apetite pela morte
obecessiva mente q definhava dentro daquele saco de ossos
pálida figura que dava medo
era apenas uma sombra, um espírito morto e vivo
e morto vagando por lugares estranhos que pareciam mais mortos que seu interior
queria voltar a ser o animal bom
não queria mais ser parte dakele meio corrompido mas o futuro imperfeito conjugava-se no brilho fosco de seus olhos negros
que não viam mais a luz
viam apenas a dor
e o desespero de uma alma que clamava por misericórdia
um grito de socorro abafado
um feixe de luz ofuscado
era um bom rapaz
um bom filho
um bom amigo
mas não existiam pessoas que pudessem descobrir isso
não estavam interessadas em tentar descobrir isso
viam apenas aquele monstro
esquecido por si mesmo e por todos os outros.

2 comentários:

mary disse...

Que texto lindo. Foi você que escreveu, amor? Acho que você podia deixar a cor da letra um pouco mais escura, o constrate pode cegar um pouco as pessoas, mas você que sabe, é só minha opinião. Te desejo muita força, brava guerreira. Beijão.

Limítrofe disse...

ESSE POEMA É SEU?
caramba!
*_*
amei demais, demais, demais.
sério. queria te perguntar se posso fazer uma propagandinha básica dele (ou de partes dele) no meu blog. com créditos, claro! (L)
obrigado pelo comentario lá no meu, me deixou muito feliz, e vou procurar o livro na biblioteca *-*
(concordo com a M., uma letra mais escura ficaria melhor ^^)
beijo amor ! :D